2.16.2008
12.10.2007
12.05.2007
Essa música embalou certa época da minha adolescência e tenho pensado nela nesses dias...
Teatro Dos Vampiros
Legião Urbana
Composição: Renato Russo
Sempre precisei
De um pouco de atenção
Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto...
E nesses dias tão estranhos
Fica a poeira
Se escondendo pelos cantos
Esse é o nosso mundo
O que é demais
Nunca é o bastante
E a primeira vez sempre
Sempre é a última chance
Ninguém vê onde chegamos
Os assassinos estão livres
Nós não estamos...
Vamos sair!
Mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos
Estão, procurando emprego...
Voltamos a viver
Como há dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas...
Vamos lá, tudo bem!
Eu só quero me divertir
Esquecer, dessa noite
Ter um lugar legal prá ir...
Já entregamos o alvo
De artilharia
Comparamos nossas vidas
E esperamos que um dia
Nossas vidas
Possam se encontrar...
Quando me vi
Tendo de viver
Comigo apenas
E com o mundo
Você me veio
Como um sonho bom
E me assustei
Não sou perfeito...
Eu não esqueço
A riqueza que nós temos
Ninguém consegue perceber
E de pensar nisso tudo
Eu, homem feito
Tive mêdo
E não consegui dormir...
Vamos sair!
Mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos
Estão, procurando emprego...
Voltamos a viver
Como há dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas...
Vamos lá, tudo bem
Eu só quero me divertir
Esquecer dessa noite
Ter um lugar legal prá ir...
Já entregamos o alvo
E a artilharia
Comparamos nossas vidas
E mesmo assim
Não tenho pena de ninguém...
8.13.2007
Ao acaso; mas não por acaso
Só deixo meu coração na mão de quem pode
Kátia B
Só deixo meu coração na mão de quem pode
Fazer da minha alma suporte para uma vida insinuante
Insinuante anti tudo que não possa ser
Bossa Nova Hard Core
Bossa Nova Nota Dez
Quero dizer, eu tô pra tudo nesse mundo
Então, só vou deixar meu coração, a alma do meu corpo, na mão de quem pode
Na mão de quem pode e absorve
Tanto no céu que no inferno
Inspiração de Mutação
Da vagabunda intenção
De se jogar na dança absoluta da matança do que é tédio, conformismo, aceitação
E eu fico aqui vou te levando nessa dança
Sobre o mundo
Pode tudo do amor
Pode tudo do amor
Porque eu não quero teu ciúme que é o cúmulo
Ciúme é o acúmulo de dúvida, incerteza de si mesmo, projetado
Assim jogado como lama anti-erótica na cara do desejo mais intenso de ficar com a pessoa
Eu não tô à toa
Eu sou muito boa
Eu sou muito boa pra vida
Eu sou a vida oferecida como dança
E eu não quero "te dar gelo"
Diabos que o carregue
Vê se aprende, se desprende
Vem pra mim que sou a esfinge do amor
Te sussurrando
Decifra-me, decifra-me
Refrão
Só deixo minha alma, só deixo o coração
Só deixo minha alma na mão de quem pode
-- voz masculina --
vê se aprende, se desprende
------------------------------
Só deixo minha alma, só deixo meu coração
Na mão de quem ama solto!
Repete Refrão (2x)
7.31.2007
Considerações acerca do orkut - parte II (acho)
Pois bem, deixei anotado aqui que, na próxima postagem, escreveria sobre minhas elucubrações a respeito do famigerado orkut, polêmico site de relacionamento, cuja existência já proporcionou, além de inúmeros reencontros, crimes e desavenças. Sua história - recente, tem no máximo dois anos e pouco - vai do "preciso-de-um-convite-para-fazer-parte-do-clubinho" ao orkuticídio, marketing vinculado e crescente desprestígio.
Penso que as pessoas cujos perfis encontram-se no orkut o mantêm por pura e espontânea vontade. Ninguém é obrigado a nada. Estar ali e disponibilizar certas informações é totalmente opcional. O vilão da história não é o site, mas a relação do usuário com ele, qual o tipo de uso a que irá servir.
Penso também que, quem faz uso do orkut está ali para ser visto. Sim, sim. Isso mesmo. A "mágica" que faz o orkut popular é simplesmente derivada da bisbilhotice alheia e da vaidade de poder "ser visto", ser notado. De poder ser encontrado, e, talvez, admirado, a partir das informações cuidadosamente selecionadas para estarem à luz das visitas ao respectivo perfil. É como escolher que aspectos se quer que os outros conheçam e associem ao usuário e quais serão ocultados. Mas o mais fascinante é poder estar sob os holofotes por instantes medíocres, de pessoas similarmente medíocres.
Assim sendo, considero patéticas as comunidades que usam títulos como "Tem alguém xeretando/olhando meu orkut" e "Ligue o foda-se e seja feliz". Francamente, eis o ápice das antíteses e da estupidez internauta. Quem faz uso do orkut, está ali - e tem total consciência disso - porque quer xeretar e ser xeretado. Depois, quem possui um perfil online é porque importa-se (e muito) com a opinião e com a vida alheia. Caso contrário, não estaria ali preocupado com o que expor e como fazê-lo. Escolhemos as melhores fotos; selecionamos os receptores e o tipo de mensagem iremos mandar; com o cuidado de quem sabe que todos os demais estarão observando e preocupa-se com as reações e possíveis desdobramentos de seu mísero ato. Quem busca comunicar-se com a fina e clássica privacidade e discrição opta por mensagens via e-mail. Aliás, discrição não combina muito com orkut.
Na outra mão, está a curiosidade alheia. Não simples, ingênua e inocente curiosidade. Não é isso que faz desse site o sucesso polêmico que é. Mas as paixões (no bom e no mau sentido) que pode despertar, as notícias a que se propõe a propagar, as brigas que estimula e o ódio virtual. É, além de tudo, uma máquina de recados diretos e indiretos.
É inegável o aspecto utilitário do site. O orkut é sim uma útil ferramenta, capaz de promover inúmeros reencontros e troca de informações com uma facilidade incrível, à medida que é possível encontrar comunidades compostas por milhares de pessoas vinculadas por um tema de interesse comum. Mas tudo depende do tipo de uso a que é submetido.
A revolução no âmbito das relações sociais e virtuais é inegável. Pena que uma ferramenta tão brilhante possa ser transformada em picadeiro e cenário criminoso. O destino do orkut ainda é incerto; o certo é que ainda tem vida longa, enquanto durar o voyerismo humano. Mas o mais certo ainda, é que outras invenções da mesma natureza virão. Em breve. Tão breve quanto a incessante obsolescência e reivenção dos PCs.
6.17.2007
The sunlight in my exercises
Um pequeno gesto inebriante para o espírito e útil para a mente. O pensamento vai a milhão e voa para longe de onde ele realmente costuma estar. Enxergo o passado, projeto mil maravilhas para os dias que virão. Mas o mais interessante é quando me dou ao luxo de não vislumbrar nada em minha mente. Pensar em nada além daquele momento. Apreciar um novo caminho, avistar um novo panorama, ver a avenida do alto, descobrir uma escadaria escondida ou prestar atenção na arquitetura e nas cores de simples e bonitinhas casinhas nas quais nunca reparo na correria diária. Explorar a grande janela, o corrimão decorado, as plantas e a entrada da sala.
O melhor disso tudo é poder estar sozinha comigo mesma. Sem compromisso , sem (muito) horário, sem rumo prévio, sem outro assunto além daquele que eu realmente queira que esteja em minha cabeça. Eu sou uma dessas pessoas que precisa ter um instante para seu momento pessoal. Alterno facilmente entre momentos de extroversão e introspecção. Ao mesmo tempo que sou comunicatica e espontânea, sou também bastante introspectiva. Vivo olhando para dentro e conversando comigo mesma, refletindo sobre inúmeros aspectos do viver, do sentir e do ser. São nesses minutos que reelaboro todo o conteúdo da semana e os acontecimentos que marcaram os últimos dias.
Não me conformo como são tão poucas as pessoas capazes de apreciar uma bela caminhada num dia claro. Ninguém precisa andar milhas, vinte minutos que sejam já são suficientes para fazer um bem danado à saúde física, mental e para o ego. Fazer exercícios libera as endorfinas no corpo, responsáveis pela sensação de bem-estar, o que melhora o humor. Para quem trabalha com informação, como eu, um exercício simples como isso favorece o processo criativo, oxigenando o cérebro e abrindo espaço para o chamado "vácuo criativo". A grosso modo, aquele vazio necessário para desligar-se dos problemas e dos dilemas e permitir que uma nova idéia venha à tona. Mesmo que não funcione, com certeza o exercício servirá para relaxar e melhorar a capacidade aeróbica e o tônus muscular das pernas. =p
5.24.2007
Preciosidade
Ouro de tolo
Composição: Raul Seixas
Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros por mês
Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar um Corcel 73
Eu devia estar alegre e satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa
Ah! Eu devia estar sorrindo e orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa
Eu devia estar contente
Por ter conseguido tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado
Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto "e daí?"
Eu tenho uma porção de coisas grandes
Pra conquistar, e eu não posso ficar aí parado
Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Pra ir com a família ao Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos
Ah! Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro, jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco
É você olhar no espelho
Se sentir um grandessíssimo idiota
Saber que é humano, ridículo, limitado
Que só usa dez por cento de sua cabeça animal
E você ainda acredita que é um doutor, padre ou policial
Que está contribuindo com sua parte
Para o nosso belo quadro social
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada cheia de dentes
Esperando a morte chegar
Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora de um disco voador
Ah! Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada cheia de dentes
Esperando a morte chegar
Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora de um disco voador
4.24.2007
Edy Wilson
E é por isso que eu amo muito dançar; um aprendizado em cada movimento, em cada tentativa, em cada frustração, em cada palavra, em cada emoção. É minha fuga e meu destino; minha dor e meu entusiasmo; minha ilusão e minha mágica realidade; minha volúpia, meu sossego desassossegado; meu despertador e meu sonho. Um amor, uma paixão, uma entrega, um desafio pessoal, um prazer, um despreendimento, um desconfundir-se, um transceder e um amanhecer.